A interação que conhecemos hoje e que fazem as redes sociais serem o que são, começou lá atrás no rádio e na TV. Esses dois veículos de mídia foram os pioneiros a inovar em sua programação para deixar o público mais próximo e com o poder de interferir nos programas. Os programas de auditório Essa estratégia é ótima para dar aos telespectadores e ouvintes a sensação de pertencimento.
Vamos ver como isso tudo começou.
Programas de auditório
Além de telenovelas, os programas de auditórios sempre estiveram presente nas grades de programação de todas as emissoras. Eles foram os pioneiros na interação com a audiência. A TV Globo, principalmente, em seu início fez um alto investimento em programas de auditório, além das telenovelas.
Os programas de auditório como O Céu é o Limite e Discoteca do Chacrinha, por exemplo, fizeram muito sucesso na década de 50. Porém, os programas de auditório foram perdendo força nas décadas de 60 e 70, e o mercado publicitário entrou fortemente no patrocínio deste tipo de programa e acabou por influenciar algumas mudanças que precisavam ser feitas.
Por exemplo, na década de 80 a publicidade foi a grande responsável pela mudança nos tipos de atrações dos programas de auditório. Passou-se a prezar mais pela qualidade, pois muitos programas incluíam atrações que exploravam a dor e o sofrimento alheio e colocavam pessoas participantes em situações de alta exposição, em uma guerra pela audiência.
Na década de 1980, o SBT investia nesse tipo de programa, e criou algo mais sofisticado, como o Viva a Noite. O programa trazia um formato diferente, com uma plataforma futurista e propunha atividades e jogos entre pseudo-celebridades da época. Enquanto isso, a TV Globo procurava elevar o padrão de qualidade de suas produções.
Os programas de auditório voltaram com força total na década de 1980 em todos os canais. O Chacrinha retornou para a TV Globo em 1982. Além dele, a Globo investiu em programas que versavam o humor e o deboche, como Os Trapalhões e o Balança mais não cai; programa musical como o Globo de Ouro e o sensacionalista Caso Verdade ( uma série policialesca que era baseada em fatos reais). A ideia com este último tipo de programa, era chamar a atenção do público por meio de relatos cada vez mais reais de crimes que poderiam ter acontecido na vida de qualquer um. Esse tipo de programa sensibiliza a audiência e faz com que ela queira saber o desfecho das histórias.
Os programas de auditório são uma relação simbiótica entre o animador, os convidados e o público. O mais interessante é que esse formato de programa passa um efeito de sentido de instantaneidade, talvez pelo seu formato ser mais espontâneo. Neste tipo de programa geralmente não há scripts, somente fichas com referências e direcionamentos para o telespectador. Por isso, eles geralmente são pautados no improviso e na descontração, ingredientes ideias para agradar o público do que chamamos de a cultura de massa.
Cultura de massa
A cultura de massa é um produto da indústria cultural, ou seja, são todos os tipos de programas que são construídos para agradar toda a população com o objetivo de incentivar o consumo por meio desses programas. Por isso, os programas precisam trazer atrações que agradem toda a família, que seja de fácil entendimento e que faça com que as pessoas consumam por meio das informações que elas recebem por esses programas. E, principalmente, que comprem mais TVs para terem mais acesso às informações e entretenimento.
Trecho extraído de material didático produzido por mim.
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